sábado, 29 de janeiro de 2011

Gaita: a cena asiática

Quando pensamos em gaita, lembramos dos Estados Unidos, quase imediatamente. Pode ser uma surpresa para muitos, mas na Asia há um número enorme de gaitista. Provavelmente muito maior do que no ocidente. Abaixo segue tradução livre de texto sobre a cena asiatica retirado do site www.tremoloharmonica.com.
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A cena asiática da gaita é extensa e bem organizada. O foco é em grupos ao invés de performance solo. Gaitistas ocidentais, frequentemente, são auto-didata, ou tiveram aulas particulares. Muitos gaitistas ocidentais começam a aprender adultos. De outra parte, os gaitistas asiáticos começam jovens. O Ensino de gaita é bem organizado em países asiáticos. Gaitistas mestres formam os estudantes, alguns com padrões muito elevados. Os melhores alunos, em seguida, iniciam seu próprio ensino, sendo o resultado uma rede de professores bem formados. Muitas escolas regulares ensinam gaita.

Enquanto a gaita é comum na Ásia, a gaita diatônica não é. A maioria dos gaitistas começam com o tremolo, muitos mudam para a cromática. A diatônica é um instrumento ótimo para o blues, claro. No entanto é menos adequado para tocar melodias, devido aos bends necessários para executar as notas que faltam. É mais fácil ensinar músicas em tremolo, onde todas as notas da escala maior estão disponíveis sem bend. Este é provavelmente o motivo porque os asiáticos favorecem o tremolo como um instrumento de iniciação na escola.

Os grupos de gaita de estudantes asiáticos variam em tamanho, os maiores chegam a50 integrantes, liderados por um condutor.

Nos países ocidentais, gaitistas mulheres são raras. Eu não sei por quê. Na Ásia é diferente. Pelo menos metade dos gaitistas são do sexo feminino. Muitos dos gaitistas de elite são do sexo feminino, especialmente a geração mais joven.

Competição é um foco importante para a comunidade gaitista asiática. O Asia Pacific Harmonica Festival, realizado a cada dois anos, atrai mais de 2000 concorrentes.

O padrão é muito elevado, com peças virtuosas, muitas adaptadas a partir do repertório clássico. As salas do festival são preenchidas com os concorrentes, praticando suas peças. O resultado é uma mistura confusa de sons de gaita, sem dúvida uma surpresa para os visitantes desavisados.

Além dos muitos participantes de concursos, há uma comunidade de gaitistas de elite. Por exemplo, o Kings Harmonica Quintet é composto por cinco gaitistas de Hong Kong, que começaram a tocar juntos na década de 1980. Eles arranjam peças de câmara clássica para gaita cromática e baixo. Sua música é requintado e exclusiva.
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Assista aqui video com imagens do último Asia Pacific Harmonica Festival.

Um comentário:

Ramon dos Santos El-Bachá disse...

Legal o Breno postar esse papo sobre a gaita no oriente. Minha primeira gaita (oitavada) é de fabricação chinesa, gosto muito dela. Recentemente tive a oportunidade de visitar Pequim e visitei uma loja de instrumentos. Minha nossa! Gaitas as mais variadas. Me impressionou uma gaita baixo, que adquiri pela bagatela de R$ 200,00 (um negócio da China!) e um conjunto rotatório com seis gaitas oitavadas interligadas pelo mesmo eixo. Essa deixei lá, afinal precisamos deixar um estímulo para voltar um dia aos lugares que nos impressionam. O mais fantástico foi ver as pessoas nas ruas em atividades artísticas coletivas durante o horário entre as 18 h e 22 h, mesmo no frio do outono (5 C). Grupos de pessoas de todas as idades e gênero ocupam as praças e parques todos os dias para tocar, cantar e dançar coletivamente. Muito legal!
Ramon